Os meus olhos desistem devagarinho perante o sono dormente que chega sem avisar. Luto contra o cansaco e a torpe escuridao e procuro-te, de novo, na amalgama de memorias escuras que dancam descoordenadas como tonturas na madrugada. Viro-me e reviro-me, rasgo cabelos e saudade e so te vejo distorcida e manchada de cores alheias. Procuro em vao reconhecer na minha memoria adormecida os tracos que os meus dedos ainda relembram e nada senao o verde-escuro dos teus olhos despertos parece recordar-me que foste verdade. Nao te vas, assim, sem avisar!, peco-te, desesperado, paralisado, ja de olhos bem fechados de dor e saudade. Nao desaparecas como se nao tivesses existido, suplico, exausto, ate compreender que sou em quem se vai, na minha insistente opcao de ir e vir. Descanso entao, finalmente e, com um sorriso amargo, alegro-me por tudo o que foste e perdoo 'a minha memoria por nao te conservar como es. Quem desapareceu fui eu; viver com a imagem desfocada de ti para sempre e' o preco justo a pagar por este abandono.
Saturday, August 04, 2007
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7 comments:
para sempre ? nada é eterno ...
E não é que Luis Pedro descobriu o AMOR...
Lindo!!!!As aventuras e desventuras de um Luis apaixonado pelo mundo e por tudo aquilo que nele vive!!!Que experiencias unicas!!!! Bjs e continuação de uma fantástica viagem!!
Tem calma LP, no fim fazem-se as contas...
Keep writting.
Um mimo Luigi, um mimo.
baci
como nada é para sempre?!
Como te percebo.. sinto isso todas as noites
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