Thursday, February 12, 2009

Fim

Este blog já nao é a melhor maneira de dizer o que tenho para dizer. Às tantas, as coisas mudam, e com elas o blog acaba.
 

Monday, February 09, 2009

um post que felizmente nao é novidade nenhuma

Há que (todos) ler isto com urgencia, antes que seja tarde demais. É uma calamidade ter lido isto aos 25 anos. (Felizmente, de consciencia tranquila.)



"Lucille would never understand me because I like too many things and get all confused and hung-up running from one falling star to another till I drop"

Yass!! Yass!!


etc
 

Saturday, February 07, 2009

Gil

Mencione-se aqui com alegria que o Frederico Gil está nas meias de Joanesburgo, na primeira vez em muitos muitos anos que um portugues passa uns quartos de final de um torneio ATP.

Finalmente.
 

aINDA mAGDA

Uma antiga suspeita da maioria dos meus, sempre atentos, leitores confirmou-se ontem, para espanto da minha ingénua visao da vida: a Magda gosta de mim. (O que é uma ganda merda, claro.)

É incrivel o sucesso que "O caso Magda" tem feito com amigos e desconhecidos, e parece-me fazer-vos a todos muito felizes saber que mais um episódio se processou ontem à noite, nomeadamente por volta das duas da manha, hora a que a maioria de voces estava a trabalhar.

Acontence que fomos todos sair (o Pete, a Kate, eu e a Magda, mais algumas amigas do Pete) e, as tantas, o pobre Pete tentou beijar a Kate, que lhe deu com os pes, pelo que o desgracado se comecou a sentir mal ali no meio e decidiu abalar com as amigas para outro lugar, deixando-me a mim com a Kate e com a Magda, isto é, nem sozinho nem bem acompanhado.

Obviamente que no mesmo minuto fugi dali tambem eu, mas por essa altura o Pete e as outras ja estavam num taxi, pelo que acabei noutro bar ali ao lado, onde por sorte encontrei uns amigos, e etc e coiso e agora tou com uma ressaca do caracas.

Ora bem, a melga da Magda pegou na Kate e andaram desesperadas a minha procura (5 chamadas propositadamente nao atendidas) e, falhando no seu objectivo de me encontrarem, decidiram ir ter com o infeliz Pete a outra discoteca. Mal o viu (e o que sei disto contou-me o Pete hoje), a Magda desatou num pranto desmedido por eu nao estar la, aos berros a dizer que quando saia comigo queria voltar para casa comigo (meu deus), e que nao me queria deixar sozinho, e mais nao sei o que, e tal e tal tal, enfim, o eterno drama da mulher bebada. Eu tar ali ou nao tar equivale a rasgar um collant, ou encontrar uma gaja com o mesmo vestido na mesma festa, ou pingar o vestido de noiva com chocolate no dia do casamento, enfim, eu nao tar ali foi um drama de sete avenidas.

Agora, segundo o Pete, a Magda vingou-se desta coisa toda ao agarrar-se a um mamarracho qualquer na pista de danca, com quem dez minutos depois estava a sair da discoteca, mostrando-nos a todos quao respeitável é e quao nobres sao os seus sentimentos por mim. Melhor que tudo, o Pete disse-me que o tipo "era um bocado gordo", tendo depois confirmado que era "um bocado mais magro que o Michael" quando eu lhe perguntei "quao gordo?".

O Michael é um chines de 95 kilos que trabalha comigo e com o Pete.

(Ja agora, a titulo puramente informativo, acrescento que tem um bigode ralo e fuma cigarros de mentol, mas nao sei se o gajo da Magda tambem partilha estas duas singulares caracteristicas.)

Eu, por mim, dormi sozinho e, alias, nada bem, mas isso nao interessa nada, como, alias, a Magda tambem nao interessa.

Estou um bocado desiludido por ela me achar piada porque agora vou passar a sentir-me mal por nao a tratar bem, ja que uma coisa era dar para tras a uma amizade e outra coisa é estar a magoá-la.

Pior que isto tudo, é que, ja se sabe, quanto mais lhe der para tras agora mais ela se vai ameixoar, a menos que, com sorte, o tipo "um bocado mais magro que o Michael" tenha tratado dela com o devido rigor e, ao contrario de mim, esteja interessado em passar tempo com a pobre Magda que, alias, em peso, se nao equivalente, é pelo menos um fiel competidora.
 

Wednesday, February 04, 2009

tax breaks for car purchases!!!

"The cost of President Barack Obama's economic recovery plan is now above $900 billion after the Senate added money for medical research and tax breaks for car purchases. (...) In a victory for auto manufacturers and dealers, Sen. Barbara Mikulski, D-Md., won a 71-26 vote to allow most car buyers to claim an income tax deduction for sales taxes paid on new autos and interest payments on car loans. The break would cost $11 billion over the coming decade but could mean savings of $1,500 on a $25,000 car." (Yahoo! News)


Nao é maravilhoso isto? Parece uma brincadeira.

 

Monday, February 02, 2009

Solidao (all gone slow motion)

Num ano que comecou em euforia e se tem mantido em altos niveis de entusiasmo, este foi o primeiro momento verdadeiramente triste:


É um momento de solidao tao profunda que eu próprio ia chorando, se todo o líquido do meu corpo nao estivesse naquele momento a suar pelas costas abaixo numa quente noite em Bangkok.

É tao triste ver um grande atleta como o Federer desesperadamente, torneio apos torneio, a tentar regressar a numero 1 do Mundo, e já nao conseguir!

Com 27 anos, supostamente no pico da carreira, um jogador soberbo, o melhor jogador que o Mundo viu durante anos a fio, ainda um grande jogador, a anos-luz de qualquer terceiro melhor, ainda a jogar quase tao bem como sempre jogou, ainda a treinar como um doido, ainda jovem, ainda a querer ganhar, a querer chegar lá, e sem conseguir!

Que difícil e solitária é a rota de Federer, sabendo que já foi de longe o melhor de todos e que, apesar de ainda ser espantoso, já nao é o melhor e provavelmente já nao vai conseguir!!

É terrível. Luta e luta e luta, mas alguém mais novo, mais forte e com mais energia já nao o deixa voltar lá. Nao é horrível? Um jogador no topo de forma, esmagadoramente superior a qualquer outro excepto um, jovem e com anos de ténis pela frente, já nao chega ao topo!, porque apareceu um que mesmo que nao seja melhor, é mais forte!

O Federer nao é um numero dois. Um jogador que foi durante anos e anos e anos numero um, odeia ser numero dois!

Tudo o que ele mais deseja é voltar a ser numero um. Tem 3 ou 4 anos de ténis pela frente, nao é velho nenhum, é um atleta perfeito na forca da idade, mas, apesar de tudo é demasiado velho, parece demasiado velho.

Que solidao. Treinar todos os dias, dar o maximo, saber que limpa qualquer um menos um, e que esse um nunca mais o vai deixar voltar a ser o primeiro. Tres ou quatro anos de treino duro duro duro, a limpar tudo e todos e a saber, a cada dia que passa, que provavelmente nao vai chegar nunca mais ao topo.

Um atleta de topo, a treinar a niveis de topo, sem conseguir chegar ao topo.


É de uma tristeza avassaladora. "God, it's killing me!" 

It's killing me!, e corroi-se todo por dentro, em frente a milhoes de pessoas, olha para ele proprio e parece perguntar "O que é que eu posso fazer para ganhar a este gajo!"

Parece um fim de carreira. Parece aqueles grandes desportistas que se mantém em competicao já meio envelhecidos, e devagarinho vao fazendo menos resultados, até desaparecerem sob uma última e comovida ovacao. Faz-me lembrar o Agassi, aos 35 anos - ainda a jogar, a fazer meias-finais e finais, e a despedir-se quando já nao dava para mais.

Sinto uma agonia enorme ao olhar para o Federer e pensar que, na cabeca dele, provavelmente continuar no tenis faz cada vez menos sentido - lutar todos os dias e a cada que passa, ficar mais longe do único lugar onde ele realmente cabe, que é como numero um.

Acho que neste post o Maradona tem imensa razao quando diz que "o que estamos a observar entre o Federer e o Nadal é, talvez, o que seria inevitável acontecer se todas as décadas fossem beneficiadas por dois inigualáveis jogadores de ténis separados por 5 anos de diferença."

O Nadal também teve a sua dificil escalada, muito dificil, também ela por certo com momentos de dúvida e frustracao, de eterno numero dois e not good enough; mas apesar de tudo isso foi na fase ascendente da carreira dele, e a solidao do Federer é no topo da carreira, ou no que parece ser um ocaso antecipado.

É uma tristeza. Uma tristeza. Agora que, depois dos horários australianos me desabituei de ver futebol, a única história desportiva que me realmente interessa é a do Federer; que é, já agora acrescento, o meu jogador preferido desde uma batalha infindável com o Tommy Haas no Austalian Open de 2002, ainda era ele numero 13 do Mundo.