Sunday, December 30, 2007
músicas soltas
Friday, December 28, 2007
Nickelback
Wednesday, December 26, 2007
Viver para Sempre
Monday, December 24, 2007
Um ano bom
2007 foi um bom ano.
Nunca é muito bom viver a vida em períodos, como se isto não fosse um percurso contínuo sem fragmentos independentes, mas dá jeito parar alguns minutos e reconhecer o que foi bom.
Na realidade, não há outra razão para viver que não a acumulação de boas memórias. No fim, tudo terão sido memórias; que peso na consciência!, que desperdício!!, se não tiverem sido boas.
2007 trouxe-me um mergulho com 20 tubarões de três metros durante meia hora. Passei horas e horas debaixo de água a ver as maravilhas de um mundo à parte nos mares mais transparentes. Aprendi a dançar salsa afogado em Mojitos. Subi e desci vulcões. Pesquei à linha num céu limpo até ao dia nascer. Procurei pumas em florestas virgens. Senti-me sozinho no Mundo. Senti-me Rei do Mundo.
Fiquei fluente em espanhol, melhorei o francês e o alemão e já consigo pensar em inglês sem ter de traduzir.
Andei pelo México, pelo Belize, pela Guatemala, por Cuba, pelas Honduras, pela Nicarágua, por El Salvador e pela Costa Rica.
Saí à noite em Nova Iorque, Londres e Lisboa (aqui, em doses desnecessariamente excessivas), para além das capitais de toda a América Central.
Vi, como sempre sonhei, a Cuba de Fidel.
Em 2007 fiz vários amigos de intensidade e intimidade eterna, pelos quatro cantos do Mundo. Emigrei em Outubro e deixei para trás um mundo de boas memórias.
Voltei a acreditar que existem mulheres perfeitas e apaixonei-me duas ou três vezes. (Para além daquelas em que não fui correspondido - mas há coisas piores.)
Em 2007 encontrei um grupo de pessoas com quem partilhei os melhores momentos da minha vida, defini o meu espaço e as minhas prioridades. Comprei mais roupa por minuto do que em todos os outros anos juntos - acho que estou mais vaidoso.
Passei o ano sem carro e, mais de metade, sem emprego. Agora que penso, estive de férias de Maio até Outubro.
Usei o tempo em pores-do-sol na praia, madrugadas em frente ao rio, viagens de jangada por rios castanhos, desamores latinos, percursos de mota de cabelos ao vento e labirínticas travessias pelas mentes dos maiores autores que já viveram.
Descobri mais de vinte bandas que me levantam os pés do chão e nunca devo ter gasto tanta energia a tocar bateria no espaço vazio. Sim, em 2007 deixei crescer asas e tornei-me num videoclip. (Mas ninguém sabe, continuam a achar que estão a falar com uma pessoa.)
Em 2007 descobri que Inglaterra afinal até é uma país do Terceiro Mundo, porque não há outra maneira de explicar que se encontre mais amor e carinho num banco de autocarro em San Salvador do que em toda uma carruagem no metro de Londres.
Seja como for, este ainda não foi o ano em que isso foi suficiente para eu achar que é mau viver num país rico. Na verdade, em 2007 aprendi a dar ainda mais valor ao que tenho e às oportunidades que me foram surgindo.
Este foi um ano de pessoas. Um ano de amizades puras, de corações a bater fortes, de emoções à flor da pele. Um ano de gargalhadas e arrepios.
Em 2007, andei de carro, mota, autocarro, scooter, carroça, comboio, metro, cavalo, tuc-tuc, ferry, lancha, barco a remos, bicicleta com pedais, bicicleta sem pedais, táxis legais, táxis ilegais e, mais do que gostaria, avião.
Também andei a pé - 2007 foi mais um ano sem carro.
Foi, ainda, o ano em que publiquei um livro. Sim, agora que penso, para além de ter arranjado o emprego duma vida, viajado durante quase quatro meses, ter passado seis meses de férias e me ter mudado para Londres, em 2007 ainda tive a boa sorte de ver o meu nome nas bancas da Fnac.
Seja como for, o melhor deste ano foi que andei de olhos bem abertos. Vi mais do Mundo do que alguma vez tinha sonhado ver em tão pouco tempo, e quem conhece o Mundo conhece as suas pessoas.
Sim, 2007 trouxe-me o acesso a muitos corações, muitas alegrias e tristezas, muitas angústias e satisfações.
Um ano muito rico 2007, tão rico que gastei muito mais do que ganhei - felizmente estes últimos dois meses estão a ajudar a equilibrar o orçamento.
Um ano bom. Tão bom tão bom que nem nos seus primeiros minutos, quando estava vestido de Dupont a dar beijinhos a uma Minnie, poderia imaginar que as coisas podiam melhorar.
Que bom.
E o melhor, necessariamente, ainda está por vir!..
Sunday, December 23, 2007
All the time in the World
(Sim; Thom Yorke)