Sunday, July 30, 2006

Kings of Leon

Directamente do Tennessee..


..para me levantar do ar..


...com "King of the Rodeo"

Wednesday, July 26, 2006

Daydreaming where?

No mesmo dia em que tenho uma conversa sobre viajar para o Líbano e a transcrevo para aqui(12 de Julho), o país vê-se no meio de uma guerra.

What a coincidence.

É um sinal de que eu devia ser jornalista de guerra, parece-me.

O Gabo tinha razão

Surgiu uma notícia hoje no Público que me deixou maravilhado:

Os habitantes de Manna, uma pequena aldeia do estado indiano de Kerala, ainda têm dificuldades em acreditar no que viram: uma chuva de peixes que durante 15 minutos caiu sobre as suas cabeças. “Os peixes caíram do céu. Nem queria acreditar”, contou à AFP o merceeiro V.K. Satheeshan. “Quando cheguei à rua, vi muitos peixes pequenos na estrada. Algumas pessoas agarravam-nos para os pôr em potes”, conta um jornalista local, Rajeevan. A insólita chuva deve-se, muito provavelmente, a um mini-tornado que arrancou os peixes do seu meio natural e os transportou até ali, justifica Godfrey Louis, professor da Universidade Mahatma Gandhi, em Kerala.

Da notícia completa, escrita pela Reuters e reproduzida por todos os meios de comunicação pelo Mundo fora (como se comprova no Yahoo), encontrei ainda o seguinte excerto, no jornal MumbaiNews:

When the clouds broke last Thursday, villagers said they saw small, pencil-thin live fish falling from the sky. "Initially no one noticed it. But soon, we saw some slushy objects on the ground and noticed some slight movement," Abubaker, a local shop owner, was quoted as saying in the Hindustan Times. "I alone collected 30 ice-cold fish of which many died," said the resident of Manna, 20 km (12 miles) from Kannur, in the north of the state.Locals said the fish looked like parals, a common freshwater fish found in lakes and rivers.

Similar reports of objects falling from the sky - including frogs and tomatoes - have been put down to spiralling whirlwinds or waterspouts which suck them up from land or water. They fall back to earth once the wind speed drops and can no longer support them.

As mentes mais cépticas vão achar que isto é uma alucinação colectiva.

Para mim, um leitor apaixonado de Garcia Marquez, é uma notícia real e quase comovente.

Afinal, as flores que chovem nos “Cem anos de Solidão” não são fruto de uma fértil imaginação caribenha, mas o prenúncio de uma excentricidade da Natureza que haveria de vir e se confirmou numa remota aldeia indiana.

Garcia Marquez é Melquíades e, afinal, tinha razão.

Friday, July 14, 2006

Nepal

(image: "Kym")

"There are deeper reasons to travel - itches and tickles on the underbelly of the unconscious mind. We go where we need to go, and then try to figure out what we're doing there."

Jeff Greenwald, in "Shopping for Buddhas"

(As quoted by "Kym")

Wednesday, July 12, 2006

daydreaming@Beirut.lol

Troca de mails com Epilif Sanac (tudo de resume ao último)

[Começo eu:]


"Quando é que vamos ao Líbano?"

"Deve ser lindo. Libano, Siria e Turquia. Deve ser das melhores viagens. E depois um saltinho a Teerão. Ando há imenso tempo doido para ir aí. Tenho medo que um dia seja demasiado tarde."

"Maio de 2007?"

"Se tiver tempo no Mestrado. Se a tese de mestrado for sobre algum desses estou lá batido sem duvida."

"Bom mas aí vais durante meses e eu nao poderei acompanhar-te!"


[agora vem a grande pérola]


"Irás ter comigo.

Encontrar-me-ás numas belas vestes arábicas, montado num puro sangue.

Dar-te-ei chá de beber e pistachios do deserto como aperitivo.

Regojizaremos ao comer borrego num terraço em Damasco, terraço onde Aladino saltou enquanto encenava uma das suas fugas dos temiveis guardas reais.

Falaremos com a população e frequentaremos o seu mundo.

Iremos degustar o cheiro dos mercados locais e fumaremos Narguiles de sabores nunca antes experimentados.

Partirás e eu ficarei, com a certeza de que te foi dado um travo da bela vida das gentes do Mashrek."

Varanasi, India

imagem: "Misha"


Este local existe.

Farewell Zizou






I wish the best player I've ever seen the best luck in his life after football and thank him for hours and hours of astonishment and pleasure.

Tuesday, July 11, 2006

Viajar no Espaço II

Há cerca de um ano, surgiu-me um problema que hoje, depois de mais de 400 dias de evolução da espécie humana (cerca de 1,5% do tempo de vida de um cidadão português), ainda ninguém parece ter resolvido.

Republico a história escrita na altura, num novo espaço virtual e num novo contexto - A região dos Himalayas, mais concretamente, neste caso, a Índia, o Nepal e a China:


"Estou aqui um bocadinho preocupado com fronteiras.

Ontem fui ao aeroporto confirmar o meu vôo de ida para Caracas, Venezuela e regresso à Europa por Lima, Perú e, para meu espanto, uma simpática (mas não tão bonita) menina da TAP informa-me que tenho de "comprar um bilhete de regresso também a partir da Venezuela". Também a parir da Venezuela, senhora? (Agora escrevi "parir" sem querer, queria dizer "partir", claro) Enfim, demasiado atabalhoado com a ideia de pagar mais uns 500 Euros para poder pensar na razão de ser daquilo, a uma semana da partida, balbuciei um "é capaz de me explicar porquê?!" com uma tonalidade educada mas a voz frouxa de espanto, ao que a tal menina feia me responde que o governo Venezuelano assume que, se eu não tenho bilhete de saída da Venezuela, é porque lá fiquei! "Aliás, nem o deixam descolar daqui da Portela sem um bilhete de ida e volta do mesmo país, lá na América do Sul.."

Fiquei de boca aberta! Mas perderam a cabeça? Entao eu dou-me ao trabalho de planear um trajecto de autocarro pelas Américas, escolhar o melhor sítio para aterrar e levantar vôo, falar com 50 assistentes telefónicos de 15 companhias da Star Alliance para, dias depois de ter comprado finalmente a minha ida e volta e me terem sorrido cinicamente no momento de as pagar, me virem dizer - porque por acaso fui ao aeroporto falar com eles sobre outro assunto - que não acreditam que eu não me vou ficar na Venezuela quando chegar! Na Venezuela, meus amigos!! Mas quem, no seu perfeito juízo, pode sequer pôr a hipótese de um cidadão português na posse de, para além de um bilhete de regresso Lima-Lisboa, todas as suas capacidades mentais, se ficar na Venezuela! Ainda por cima sem dizer nada a ninguém, do tipo: "Olhe, eu quero fugir para a Venezuela, ouvi dizer que aquilo é muita giro..gastei aqui estes 700 Euros no bilhete Lima-Lisboa, mas isto é só para os enganar! Eheh! Eu quero é ir para a Venezuela, mas em segredo..!! Até marquei o regresso com escala em S.Paulo, para dar um ar mais cosmopolita e menos emigra!"

Se nos ficássemos por esta gritantemente ingénua suposição de que eu queria imisicuir-me ilegalmente no caos petrolífero da Venezuela, ainda vá que não vá: há malucos para tudo, e a menina feia não pode adivinhar que eu sou suficientemente lúcido para não cometer tal disparate. Mas não! Isto ainda vai mais longe! É que apesar de me faltar um bilhete de saída da Venezuela, eu tenho um de saída do Peru. Ou seja, eu hei-de ir ao Peru! Quer dizer, acreditam mais facilmente que eu aterro na Venezuela, saio do avião e deito fora o bilhte de regresso, do que que eu aterro na Venezuela e sigo para o Peru, de onde apanho o meu avião para Lisboa!!

Isto não é de loucos? "Olhe, tem aqui o seu bilhete. Pronto, Lisboa-Caracas e Lima-S.Paulo-Lisboa, um mês e meio depois. Agora, falta só um bilhete de regresso, percebe? É que nós achamos que você não vai ao Peru! Provavelmente neste mês e meio não vai andar a viajar entre Caracas e Lima, aliás isso de você ter acabado o curso e querer fazer uma viagem antes de começar a trabalhar deve ser mentira de certeza. Vai mesmo ter de regressar pela Venezuela. Esse bilhete do Peru? Ah não sei, use-o como quiser..pode ficar com ele, tem é de ter um de regresso pela Venezuela!"

Ou seja, eles não me deixam ir à Venezuela e voltar pelo Peru mas já me deixam ir à Venezuela e voltar pelo Peru e pela Venezuela, no mesmo dia até, se for preciso! Portanto, assume-se nos acordos aéreos e de emigração internacionais, que um ser humano mais facilmente se multiplica (ou consegue estar em dois sítios ao mesmo tempo) do que vai usar um vôo que marcou e pagou, ainda que este mostre um itinerário por terra perfeitamente razoável!

Basicamente, isto é uma falta de confiança de um país no seu sistema de transportes públicos: por definição e desconfiança, um Estado não permite que ninguém aterre no seu território e de lá saia pelo seu próprio pé! "Entras de avião, sais de avião, caso contrário é porque queres ficar cá!" E isto com um bilhete de regresso de um país vizinho para o meu país natal, por sinal membro de uma Europa desenvolvida e parte integrante do grupo dos países desenvolvidos.

Enfim, acabo como comecei: estou aqui um bocadinho preocupado com fronteiras. A Lei internacional é robótica e mecanizada, sem o mínimo de hibridez suficiente para permitir a aplicação de um raciocínio lógico. Os Estados olham para si próprios como caixas de metal blindadas, e ao invés de uma burocracia mundial única, cada um vale por si. Se eu por acaso planeasse ir de Caracas ao Brasil por terra e daí apanhar um avião para o Chile, e do Chile um autocarro para o Peru, para depois regressar, os chilenos obrigavam-me a ter um vôo de saída do Chile: mais uma vez, assumiriam que eu queria ir de autocarro e de avião, o importante era garantir que eu saía dali!

Fomos postos neste planeta com inteira liberdade, e porque nos odiamos mais do que amamos, inventámos linhas num espaço imaginário para evitar que seres da nossa própria espécie atravessem o que consideramos ser nosso, propriedade essa que conquistámos com confrontos sanguinários entre nós e os nossos iguais. Sentimo-nos seguros dentro desse espaço imaginário, de onde nem notamos que saímos, se por acaso contornarmos a estrada e o posto fronteiriço, ao atravessar a linha. Defendemos a linha com unhas e dentes, e dois irmãos gémeos que nasceram em cima da linha, mas um de cada lado, porque a mãe estava deitada exactamente a meio, podem vir a ter de se matar, pelo direito a manter a linha segura e intacta. Deixamos barcos de refugiados afundarem-se nos mares do Mundo, porque preferimos isso do que deixá-los passar para o nosso lado da linha. A linha é nossa, impenetrável, e tanto faz quem está do lado de lá, isto é meu, isso é teu.

Os animais selvagens fazem exactamente o mesmo. Mas as linhas são de urina.

Então, se os animais as marcam com urina, eu acho que nós devíamos cagar nas fronteiras.

Mudei o vôo de Lisboa-Caracas para Lisboa-Recife. Como o regresso tem escala em S.Paulo, os brasileiros acreditam que eu não me fico no Brasil. Os venezuelanos, esses, suspiram de alívio por me ver longe, não fosse eu ficar e ajudá-los a destruir mais um desses ditadores que povoam os ares deste desconfiado Mundo."

7.6.2005

Monday, July 10, 2006

Pakistan International

Yet another horrible plane crash in a so-called "third-world" country.

And yet, if you visit the company's website, it seems as safe and professional as it gets.

Sometimes - for me: always - it's better to take the local bus..

Sunday, July 09, 2006

My book..

"My book has more bookmarks than pages..

'Cos it takes me ages?

Or is everybody reading?"


Belle XI - In every sunflower

Caro Director..

...do DN, obrigado por ter publicado esta minha carta (só foi pena ter deixado de fora o último parágrafo).


"Caro Director,

É com enorme espanto que vejo a imprensa tratar tão afincadamente as razões que levaram à demissão do ex-MNE Freitas do Amaral (o cansaço como desculpa para as clivagens internas entre Freitas e o PS profundo) esquecendo-se de uma questão de fundo muito mais grave, que são as verdadeiras motivações do Professor.

Eu pergunto: será que antes de tomar posse, Freitas não sabia do seu próprio estado de saúde, das exigências do cargo e dos conflitos internos no PS? A meu ver, é impossível não saber e, como homem inteligente e experiente que é, não ter ponderado estes factores.

Então, se o fez, terá medido os riscos (pessoais e institucionais) da missão que ia aceitar e, como político experiente, teria (e terá) também noção das responsabilidade inerentes ao cargo de MNE e da importância da estabilidade num Governo de um país em profunda crise de confiança. Somando dois mais dois, saberia então também que não tinha estofo físico para aguentar o cargo – ou ficou cansado de um ano para o outro?

Assim sendo, só posso concluir que a demissão de Freitas estaria já ponderada pelo próprio desde o início como um acontecimento possível e não pode – jamais – ter sido uma decisão espontânea ou decidida em cima do joelho. Ou isso, ou então Freitas não conhece o seu corpo ou não conhecia as funções de MNE antes de tomar posse (ambas as hipóteses graves e improváveis)

Como tal, fico estupefacto perante a leviandade com que Freitas do Amaral tratou o cargo de Ministro (isto é: tratou os portugueses), assumindo-o – diria eu – quase por vaidade do que por serviço público. Caso contrário, como explicar que se demita passado um ano por “cansaço”? (Imagino o que seria se um administrador de uma empresa privada deixasse um projecto a meio por cansaço!)

Quem dera a muita gente deixar de trabalhar por cansaço. No caso de um Ministro, esta atitude é tanto mais desrespeitadora dos portugueses, quanto é importante o cargo de MNE e a sua estabilidade.

Pelos vistos, pode-se brincar aos ministros. E se assim é, fico a pensar: será que se pode brincar a tudo o que é público?"

Friday, July 07, 2006

Patagonia Express

O mais incrível dos grandes acontecimentos - mágicos ou trágicos - é que nos criam marcos temporais na mente.

Há um ano, enquanto quatro bombas rebentavam em Londres, os meus ténis patinavam alegremente pelo gelo de lagos desertos no Sul do Mundo.

Só soube que passou um ano pela capa dos jornais de hoje.

Desta forma, reconheço o passar do tempo, mesmo sem relógio.

Os acontecimentos são suficientes para medirmos o tempo, que é assim independente de uma medição e passa a ser sensível à acção.

Ballet

image: FIFA

Thursday, July 06, 2006

Find Wally

(imagem: AllAfrica)

Caro Leitor,

Por favor não procure o Wally nesta fotografia, apesar do estúpido título com que foi enganado.

Isto não é fantasia e, como pode ver, não há nenhum caixa-de-óculos de barrete a passear uma t-shirt às riscas pelo meio de 1000 iguais. (Há isto tudo, mas não conjugado numa só pessoa.)

O que pode aqui testemunhar é uma cena do dia-a-dia em Lagos, Nigéria.

A Nigéria é um dos países mais ricos do Mundo em recursos naturais o que, como se vê, nem sempre é sinónimo de prosperidade. É caso para perguntar: onde está a riqueza?

(E, indo mais longe: onde está o chão?)

Magic month's Top-10

Fifa has shortlisted the 10 players among which the top-3 players of this World Cup will be chosen. The condition (wrong, in my opinion) was, that they belonged to teams that had reached the semi-finals.

In my opinion, players like Joe Cole, Robben or Maxi Rodriguez could find a place in this list, had their teams reached the semi-finals.

Among the semi-finalists, Figo, Ricardo and Lahm could also have their names on.

However, rules are rules and these are the top-10 players:

Henry (FRA)
Vieira (FRA)
Zidane (FRA)
Ballack (GER)
Klose (GER)
Buffon (ITA)
Cannavaro (ITA)
Pirlo (ITA)
Zambrotta (ITA)
Maniche (POR)

My choice (among these):

1. Cannavaro
2. Zidane
3. Zambrotta

Wednesday, July 05, 2006

Parabéns

O bikini faz hoje 60 anos.

O dia 5 de Julho de 1946 foi um grande dia, não há homem nenhum que duvide disto.

Já agora, uma palavra especial para essa criaçao maravilhosa que é a Mulher, sem cujas curvas sensuais o bikini não passaria de um trapo.

Já me estou a alongar mais do que queria, mas faço ainda um apelo a que nem todas as mulheres que lerem este texto se entusiasmem no uso do bikini, porque nem todas o dignificam, nomeada (mas não exclusiva)mente as que:

1) o usam mesmo sabendo que incorrem num excesso de peso de >25% da média encontrada num Kentucky Fried Chicken em Kansas City

2) o usam em dimensões superiores às da média dos bikinis encontrados nas praias do Yemen em 1980

Às restantes mulheres, agradeço a adesão em massa que tiveram ao bikini ao longo dos últimos 60 anos de Paz, e desejo mais 60 anos (depois disso já não vejo nada e podem fazer o que quiserem) de muito entusiasmo.

Tuesday, July 04, 2006

Mogadiscio, Somália

Mogadiscio. Apesar de tudo, apesar (ou por causa) disto ... ...enfeitiça-me.

Monday, July 03, 2006

Cansado??!

Caro Diogo Amaral,

Que tal foi brincar aos ministros?

Provocações

E se os grandes compositores e artistas tiverem ganho o seu lugar nas cortes reais dos séculos passados por cunha e influências? Será que se perderam grandes génios para a eternidade, por falta de habilidade política?

Gosto de imaginar que muita da História fica por contar.

Sunday, July 02, 2006

Good bye..Lenin?


The good thing about movies is that it's never too late to call people's attention to them.

Good bye Lenin is definitely my favourite one.